Etimologia de Ômicron

Ômicron tem referência no grego ó mikrón (ὄ μικρόν), que identifica a própria letra dentro do alfabeto grego antigo, na 15ª posição, ao qual mikrón refere-se a ‘breve’, ‘curto’ ou ‘pequeno’, precisamente em contraste com ô méga, ômega, última peça do alfabeto, referindo-se a ‘grande’, da mesma maneira que se opõem álpha e ô méga, início e fim respectivamente.

Ômicron foi designado como tal para se referir à variante do SARS-CoV-2 B.1.1.529 pela OMS em 26 de novembro de 2021, oficialmente, como resultado dos casos registrados na África do Sul. De acordo com a implementação de um sistema -popular- de nomenclatura das variantes de preocupação e interesse (pela sigla VOC e VOI respectivamente), baseado no alfabeto grego, para facilitar a divulgação. No entanto, o organismo evita certas letras por conveniência linguística, pois no momento em que Ômicron foi selecionado correspondia, na realidade, à 13ª letra grega, Ν (em minúscula ν), pronunciada Ni, e foi decidido desqualificá-lo porque sua locução em inglês é semelhante a new, para ‘novo’. Da mesma forma, a 14ª, Ξ (ξ), ksi, foi omitida devido à fonética, chi, xi, dependendo da região, que produz um efeito em harmonia indireta com China.

Ômicron é a oitava denominação grega dada pela OMS desde o primeiro dos registros de Covid em Wuhan, o qual foi declarado como A.1. Continuando as variantes de alto nível anteriores, compostas por A(α), Alpha (encontrada no Reino Unido, cuja nomenclatura científica é expressada como B.1.1.7), B(β), Beta (África do Sul, B.1.1351), Γ γ, Gama (Brasil, P.1), Δ(δ), Delta (Índia, B .1.617.2), e posteriormente, Λ(λ), Lambda (Peru, C.37) e Μ(μ), Mu (Colômbia, B.1.621, e 12ª letra do alfabeto grego). Assim, a Ômicron entra no tabuleiro.

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