Aparece no latim como discriminatio, que equivale a separação (em latim separatio) ou distinção (em latim distinctio), por sua vez o verbo discriminar é observado no latim discriminare, marcando desde a desconstrução os fortes componentes dis- e crimin- associado a crime, fazendo referencia a qualquer ação em que há separação de alguns elementos em relação a outros. No entanto, com o passar do tempo, um novo significado passou a ser incorporado: a exclusão de uma pessoa ou coletivo por razões religiosas, sociais, étnicas ou econômicas.

A diferenciação injusta entre pessoas é o elemento comum de todos os fenômenos discriminatórios

Historicamente, os humanos criaram uma ordem social onde uns são superiores e outros inferiores. Para os cristãos, aqueles que desviavam da autêntica fé eram considerados hereges ou pecadores, já para os muçulmanos aqueles que não seguiam os preceitos do Islamismo eram infiéis.

Do ponto de vista da etnia, algumas raças dominaram outras por serem consideradas de natureza inferior. As diferentes versões do racismo são uma prova indiscutível da discriminação por motivos raciais.

No plano político, o nível de igualdade entre todas as ideologias só foi alcançado a partir da Revolução Francesa. Apesar desta conquista política, a igualdade continua sendo uma aspiração e um desejo na prática cotidiana.

Na atualidade alguns coletivos são rotulados como segunda categoria, por exemplo, os deficientes, os homossexuais, os idosos e os imigrantes. Em relação às mulheres, as mesmas sofrem de discriminação tanto no ambiente de trabalho como no campo social e econômico. O movimento feminista impulsionado no início do século XX lutou contra as diversas formas de exclusão sofrida pelas mulheres.

As normas de discriminação positiva procuram corrigir as desigualdades

Nas últimas décadas foi incorporado um novo critério para reequilibrar as desigualdades sociais. Os mecanismos de discriminação positiva consistem em ajudar aqueles que se encontram em situação desfavorecida inicialmente. Assim, quando se aceita que as mulheres têm mais dificuldades para desenvolver uma carreira profissional, é coerente aplicar uma série de medidas para corrigir tal obstáculo (a licença maternidade paga pelo estado seria um exemplo neste sentido).

Os mecanismos corretivos empregados na discriminação positiva não estão isentos de críticas. Alguns acreditam que as diversas fórmulas idealizadas para reequilibrar as injustiças geram novas injustiças e desequilíbrios.