É instalado a partir da obra do sociólogo inglês Michael Young (1915-2002), publicada em 1958, com o título A Ascensão da Meritocracia (traduzido do original, The Rise of the Meritocracy), abordando as desigualdades e injustiças trabalhistas e institucionais para propor um Reino Unido futurista projetado sobre a inteligência e o esforço individual dos habitantes, configurando-se, assim, como uma conjugação da palavra mérito, dada no latim merĭtum, compreendendo a ideia de uma valorização ou recompensa, associado a meritus, atuando como particípio passado de merēre, por merecer, sobre o indo-europeu *s-mer-, por receber, e o componente -cracia, adotando a forma grega -kratia, interpretado como poder dentro da estrutura de um sistema de governo, se diferenciando de krátos, que remete à força, sobre a raiz indo-européia *kar-, por firme ou difícil.
É a proposta de uma estrutura de ordem social e governamental cujos cargos são reservados às melhores personalidades nas respetivas funções, associada à formação e experiência desenvolvida ao longo das suas carreiras, como prática promovida em geral pelos partidos de direita, em sintonia com a defesa de uma educação privada de elite.
Porém, o anúncio e a decisão de inúmeros dirigentes quanto a trabalhar com os profissionais mais qualificados é facilmente verificável, destacando que o Presidente tem o direito de selecionar ou propor os responsáveis pelas principais áreas, e em muitos casos acaba se revelando como prática de alianças e troca de favores entre os setores público e privado.
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Benjamin Veschi. Ano: 2020. Em: https://etimologia.com.br/meritocracia/