Expressado no latim victĭma, no marco da Roma antiga, a figura considerava a aquela pessoa ou animal que entregava a vida, voluntariamente ou não, como uma homenagem á Deus ou uma divindade, designando ao executor como victumarius. Embora não seja possível afirmar a passagem, existem teorias que relacionam o termo com vĭcis, o que indica uma troca ou substituição, evidenciando raiz no indo-europeu weik(2)-, implicando a ação de escolher (no caso, no contexto do sacrifício), como também é possível relacioná-lo com weik(4)-, para se referir á virar ou mudar, ao respeito do qual procede por exemplo a palavra vĭncta, por amarrar, aproximando-se dos fatores determinantes presentes nos rituais.

Jesus é claramente a maior referência quando se fala em sacrifícios, tendo dado sua vida pela humanidade, no entanto, naquela época essa visão era entendida por ele e seus seguidores, enquanto a perspectiva dos responsáveis ​​por torturá-lo e pendurá-lo na cruz estava limitada a acabar tudo o que sua presença física representava. A partir de meados do século XVII, o termo começou a se estabelecer em relação a um crime e a uma condição de saúde.