Regido pelo latim a partir do vocábulo charta, com referência no grego, observado como chártes. É o suporte protagonizado pelo papel, no qual uma pessoa pretende comunicar-se com outra, através de um sistema postal organizado e administrado por uma entidade pública ou privada.

Meio comunicativo muito cultivado no passado

As cartas podem ser pessoais, ou seja, abordar questões inerentes à intimidade de alguém ou de uma relação, assim, utiliza-se uma linguagem de tipo coloquial. Ou, na sua falta, podem ostentar um caráter institucional, se é que a mesma sai de uma instituição e tem o objetivo de informar algo com maior formalidade, então, devem-se respeitar certas regras estruturais tais como: indicação de local e data de emissão, destinatário, assunto, conteúdo, assinatura e saudação.

Por outro lado, há cartas abertas que são publicadas nos meios de comunicação de massa e que não se dirigem a ninguém em particular, mas abordam questões inerentes ao interesse geral.

As novas tecnologias arrasaram sua fama

Embora as questões mencionadas continuem vigentes na atualidade, devemos destacar que a carta perdeu sua presença nos âmbitos institucionais e pessoais devido à irrupção das novas tecnologias: internet, e-mail, redes sociais, mensagens instantâneas, entre outros.

Esta prática de troca epistolar que antigamente era muito utilizada e popular entre as pessoas, sejam próximas geograficamente ou não, hoje em dia, caiu em desuso e passou a ser vista como uma curiosidade e um hábito apenas das pessoas mais velhas que não acompanharam a evolução massiva das novas propostas de comunicação, como realizada pelos mais jovens.

Fonte e espelho de uma época

Soube ser em muitos momentos a radiografia de uma época e fonte inquestionável de experiências, aventuras e infortúnios de personalidades conhecidas ou não.

Consequentemente, as pessoas usavam este meio com frequência para comunicar-se com os outros, assim, existem muitos registros de trocas epistolares das quais foram a principal fonte documental de biografias, livros de história, etc., inclusive, muitas delas se tornaram públicas muitos séculos ou anos depois da morte de seus autores, assim como destinatários permitiram descobrir seus segredos ou situações desconhecidas.

Durante séculos os meios de comunicação por excelência entre as pessoas estiveram distantes geograficamente.

Encurtou distâncias emocionais e físicas

Hoje parece inconcebível que uma pessoa demore meses para saber a morte de outra pessoa, mas em tempos em que a correspondência prevalecia acontecia sim, inclusive, havia pessoas que contavam os dias para receber uma carta e ter notícias dos seres queridos.

A guerra foi outro contexto em que a epístola era o único meio de comunicação

Os soldados destinavam seu tempo livre para ler e escrever a seus familiares e cônjuges. Esta era a única maneira disponível para senti-los mais próximos, tudo isso dentro de um contexto certamente desolador como é uma guerra.

Para ter uma ideia da antiguidade que ostenta este meio de comunicação, devemos voltar às antigas civilizações mesopotâmicas e egípcias que transmitiam esse tipo de informação comercial e diplomática.

Posteriormente, em todas as épocas, existiram intelectuais e filósofos afamados que usavam as cartas para expressar suas ideias, contrariar as opiniões alheias e apoiar as declarações dos colegas.