Etimologia de Plenitude

Observa-se como substantivo no latim plenitūdo, sendo associado à forma como adjetivo pleno, visto no latim plenus sobre a raiz no indoeuropeu *pele-, em alusão a completar ou preencher. No mundo helênico, distingue-se uma aproximação em pléroma, vinculado ao verbo pleróo, como expressão de totalidade. Estamos falando de algo que tem sido preenchido, algo que alcança sua perfeição ou então de alguém que consegue o momento de maior esplendor em um sentido físico ou intelectual.

Neste contexto, distingue-se uma linha de relação que expõe: plenário do latim tardio em plenarius, plenilúnio do latim como plenilunium (marcando o fenômeno da lua cheia), ou plenipotência localizada no latim tardio pleniportens (descreve o poder absoluto entregue a um indivíduo).

Na observação da natureza

É difícil determinar em que momento histórico a ideia de plenitude foi usada pela primeira vez, mas é bem provável que seu uso tivesse relação com a observação da natureza. Enquanto o Sol se esconde por completo durante a noite e logo aparece durante o dia, com a Lua não ocorre o mesmo, pois míngua e cresce dependendo da sua posição em relação à Terra. Uma das fases lunares que chamam mais atenção ao longo da história é a Lua Cheia ou o Plenilúnio.

Na atualidade sabemos que o plenilúnio ocorre quando a Terra se encontra situada entre o Sol e a Lua. Nesse momento, a iluminação da Lua é total e fica cheia ou plena de luz. Pode-se dizer que durante esta fase lunar se alcança a perfeição, já que não aparecem irregularidades nem sombras (a fase na qual a Lua não reflete nenhuma luz é conhecida como Lua nova ou Novilúnio).

Em algumas civilizações mais antigas, a observação lunar tinha uma dimensão mitológica (por exemplo, os toltecas veneravam a Metzir, o deus da Lua), mas as diferentes fases lunares também serviam para medir o tempo ou então para prever fenômenos da natureza (os maias observavam a Lua para saber quando podiam começar as plantações).

Para os cristãos houve um momento de plenitude

No Antigo Testamento existem algumas profecias que anunciam a chegada de um Messias. Para os cristãos, Jesus Cristo é o verdadeiro Messias e, consequentemente, sua aparição entre os homens estabeleceu o cumprimento das profecias. Isto quer dizer que sua presença significou a plenitude ou perfeição, já que em Jesus Cristo habita o próprio Deus.

Em relação ao ser humano

Durante a infância e a juventude o homem atravessa um período de aprendizagem e socialização. Na fase final o indivíduo experimenta certo declínio físico e intelectual.

Entre uma etapa e outra se encontra o período de maturidade. É neste período vital que a plenitude é alcançada, já que as limitações próprias da infância são superadas e ainda não há as limitações da velhice.

    : Jairo

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