Etimologia de Rei

Provém do latim rex, regis e vem da raiz indo-europeia reg, que equivale a conduzir, governar, guiar ou regir. Assim, o rei ou a rainha (regina) é, em seu sentido literal, a pessoa que governa ou lidera um povo. Logicamente, o território onde exerce seu poder é o regnum ou reino. Durante séculos, acreditou-se que a linhagem dos reis descendia dos próprios deuses.

Dos primeiros povos itálicos até a monarquia romana

Dois milênios antes de Cristo no atual território da Itália viviam diversos povos, como os latinos, os lígures, os etruscos, os volscos e os umbros. Foram os etruscos que desenvolveram uma cultura mais avançada e esta circunstância propiciou sua expansão por quase toda a península itálica.

Inicialmente, estabeleceram um sistema monárquico para manter seu território dentro dos conformes, a Etrúria.

A hegemonia dos etruscos iniciou seu declínio após a fundação da cidade de Roma no ano de 753 a. C. Nela houve a união de diferentes povos itálicos e dessa fusão surgiu a civilização romana.

Na sociedade romana originária havia diferentes classes sociais: uma classe aristocrática (os patrícios ou gentiles), os plebeus (classe popular) e os escravos. O sistema de governo da primeira época de Roma foi a monarquia.

O rei exercia o poder político, mas também era o maior líder militar e religioso (o monarca exercia sua autoridade sobre os áugures, os sacerdotes adivinhadores da cidade de Roma). Por outro lado, o rei tinha um conselho de assessores, conhecido como Senado (os patrícios mais velhos eram os membros deste órgão consultivo).

Segundo as lendas, Rômulo foi o primeiro rei de Roma e Numa Pompílio o segundo. Os abusos de poder de Tarquínio, o Soberbo, provocaram a insatisfação dos romanos e os membros do Senado determinaram sua expulsão definitiva. Assim, foi criado um novo sistema de governo sob o mando de dois cônsules, a república. O propósito do novo modelo era evitar os abusos de poder em um só indivíduo.

O modelo de monarquia absoluta

Este sistema de governo está baseado em dois pilares fundamentais. Em primeiro lugar, todo o poder de um território recai sobre um indivíduo, o monarca ou rei. Em segundo lugar, do ponto de vista das crenças, o absolutismo é construído a partir de uma ideia: o poder do monarca tem uma origem divina. Esta última consideração significa que a oposição ao rei supõe desobediência ao próprio deus.

No século XVIII, as monarquias europeias estiveram impregnadas pelos ideais reformistas do Iluminismo. O sistema monárquico adquiriu uma nova dimensão, conhecida como despotismo ilustrado.

A nova forma de governar se resume em um ilustre lema: tudo para o povo, mas sem o povo. A Revolução Francesa de 1789 estabeleceu o princípio do fim do modelo absolutista nos reinos europeus.

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