Distingue-se no latim alumnus, associado ao verbo alĕre, do qual compreende a ideia de alimentar-se ou fortalecer-se.
Em seu sentido etimológico, aluno é aquele que se alimenta de conhecimento. Naturalmente, este processo de alimentação precisa de outra pessoa, o professor. Além disso, o vínculo entre ambos se concretiza em uma escola ou centro de aprendizagem, em algumas áreas do conhecimento e no modelo da pedagogia (referência no grego paidagogia).
Estudante, aprendiz, pupilo, discípulo e aluno são palavras sinônimas que expressam a mesma ideia: uma pessoa aprende uma série de conhecimentos com o fim de adquirir algum tipo de habilidade específica.
Sócrates, Platão e Aristóteles
A semente da educação na cidadania foi iniciada por Sócrates, em Atenas, no século XV a. C. Através de sua técnica de maiêutica, o termo “dar à luz” exerceu um grande ensinamento moral entre os atenienses. Com eles, debatia sobre ideias fundamentais, como a justiça, a origem das ideias e o dever cívico. O legado socrático foi assumido por um de seus alunos, Platão.
Na Academia de Platão foi abordada a análise filosófica a partir de diferentes perspectivas: ética, política e dialética. Em sua obra “A República” foi desenvolvida uma visão do estado e, ao mesmo tempo, um projeto educativo. Entendia-se que os alunos deveriam ser formados em geometria e ginástica para fortalecer o entendimento e o corpo ao mesmo tempo.
Um dos alunos de Platão com maior destaque foi Aristóteles, que durante 20 anos estudou com seu professor na Academia. No entanto, com o passar do tempo foi criada uma nova escola, o Liceu. Nesta instituição, seus discípulos se formavam em uma ampla gama de conhecimentos: lógica, biologia, política, poética e ética.
Durante um período de sua vida, Aristóteles se afastou do Liceu para dedicar-se à formação do jovem Alexandre, o Grande. O conhecimento e o modelo de ensino promovido por Aristóteles foram fundamentais para a criação de outra instituição, o Museu de Alexandria.
Professores e alunos na Grécia clássica
Para os gregos a ideia de professor tinha um significado diferente do atual. Em primeiro lugar, não era um profissional do ensino que recebia um salário do estado. Neste sentido, não havia formação regrada e a categoria de professor era adquirida a partir da estatura intelectual e humana. Além disso, o aluno não ia à Academia ou ao Liceu por obrigação, já que sua assistência era totalmente voluntária (o discípulo simplesmente queria aprender com o professor).
Deve-se ressaltar que a educação dos jovens era dirigida a um setor da população: aqueles que faziam parte da elite social e não tinham a necessidade de trabalhar. Os escravos, os estrangeiros e as mulheres não podiam ser alunos de nenhum professor.
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Benjamin Veschi. Ano: 2019. Em: https://etimologia.com.br/aluno/
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: A.