Observa-se no grego como paidagogía, sobre a ideia de acompanhar o indivíduo. A desconstrução permite identificar os componentes paidos, que se refere a um filho (que proporciona um ângulo global) e que pode ser interpretado também como criança (no entanto, neste contexto, estaria limitando o foco da ação), e o verbo agein sobre a raiz indo-europeia ag-, em relação a orientar ou conduzir. Por sua vez, a figura do pedagogo está localizada no latim paedagōgus, em relação ao grego paidagōgós. Neste sentido, deve-se destacar que os primeiros pedagogos, os paidagogos, eram escravos de famílias ricas e entre suas tarefas cotidianas tinham que dar as mãos e acompanhar as crianças até a escola. Para referir à educação de adultos, a palavra correta é andragogia.

As técnicas educativas empregadas em qualquer processo de ensino-aprendizagem se enquadram em uma disciplina: a pedagogia. Nesta área do conhecimento, há um conteúdo específico que questiona duas perguntas gerais: o que se deve ensinar e como ensinar. Desta maneira, todo professor é de alguma forma um pedagogo.

A educação infantil em Atenas

Na polis de Atenas o ensino não tinha um caráter obrigatório e apenas os homens pertencentes às famílias mais abastadas frequentavam a escola. A educação das meninas nem sequer era abordada, já que se dedicavam em ajudar suas mães nas tarefas domésticas. A formação dos meninos começava aos sete anos e nessa época iniciava sua formação cultural. O termo grego paideia se refere à ideia de cultura geral ou formação.

Em relação ao conteúdo acadêmico, as crianças menores aprendiam a ler e a escrever (para praticar a escrita usavam tábuas de madeira envernizada e sobre elas traçavam os caracteres com um estilete). Para complementar sua formação, recitavam versos das histórias de Homero e exercitavam as causas da aritmética usando um ábaco.

Por outro lado, a música e a ginástica eram duas atividades recreativas que serviam para educar as crianças. Quem ensinava técnicas para fortalecer o corpo era o pedótriba e quem se dedicava à formação musical era o citarista.

A educação de adultos ou andragogia recebeu um novo impulso com os sofistas

No século IV a. C havia dois importantes centros de formação para adultos: a Academia de Platão e o Liceu de Aristóteles. Ambas eram escolas filosóficas e nelas os alunos adultos que podiam viver sem trabalhar se dedicavam ao estudo de várias disciplinas.

Entre os platônicos, a matemática e a dialética eram as duas principais áreas do conhecimento e entre os seguidores de Aristóteles, também conhecidos como peripatéticos, as principais áreas eram a biologia, a ética e a política.

O modelo educacional mudou radicalmente com os sofistas. Estes sábios procediam de todo o mundo helênico e se estabeleceram em Atenas com uma nova abordagem pedagógica. Os sofistas eram profissionais do ensino e, portanto, cobravam por suas aulas. Além disso, eram focados com o ensino da retórica, ou seja, o uso correto da linguagem.

As técnicas retóricas promovidas pelos sofistas tinham uma finalidade política, já que o bom uso da palavra é a ferramenta necessária para o cidadão que participa da vida política.