Tem refêrencia no latim argentum, traduzido como prata, compreendendo um dos países mais desenvolvidos do continente americano. Basicamente, o nome está associado à riqueza apreciada no momento da chegada dos conquistadores espanhóis, expondo os maiores depósitos desse mineral, a serem extraídos e roubados -quer dizer transportados-, para a Espanha.
De fato, essa característica foi imposta inicialmente para nomear o “Río de La Plata”, que atravessa a região, descrito com um brilho semelhante ao do metal mencionado em termos metafóricos, como passagem de acesso. Do exposto, fica claro que o nome do país está estreitamente ligado às suas características geográficas, assim como às suas riquezas materiais.
De fato, o país declara como variantes para se auto-definir no nível constitucional no artigo 35: Provincias Unidas del Río de la Plata -que foi inicialmente utilizado-, Confederação Argentina e, finalmente, a República Argentina.
A história de um nome que demorou a impor-se devido às vicissitudes políticas
Com o descobrimento da América concretizado de fato e a incessante chegada das expedições colonizadoras, sua designação foi usada pela primeira vez em meados do século XVI em um mapa criado por um português.
Com o tempo foi popularizando seu uso até tornar-se o nome definitivo da nação, no entanto, demorou muito tempo desde a primeira designação cartográfica para que fosse formalizada como nome.
Os sucessivos conflitos políticos que resultaram de várias disputas, como da colonização, do processo revolucionário e da rivalidade entre Buenos Aires e o interior do país, atrasaram o estabelecimento da nomeação argentina e abriram caminho para outras denominações que em muitos casos estiveram associadas a descobridores e acontecimentos políticos.
A integração e a unidade da Argentina demoraram várias décadas para obter êxito devido à infinidade de confrontos e que influenciou em seus nomes precedentes.
Desde o Vice-Reino do Rio da Prata em 1776 até a Revolução de Maio de 1810 e o estabelecimento do primeiro governo nativo chamado de Primeira Junta, decidiu-se pelo nome de Províncias Unidas do Rio da Prata.
Em 1816 com a declaração da Independência na província de Tucumán, seu nome foi mudado para Províncias Unidas do Rio da Prata ou Províncias Unidas da América do Sul.
Em 1826 passou a ser Nação e República Argentina.
O conflito interno entre unitaristas e federais também influenciou o nome
Alguns analistas argumentam que a denominação Argentina demorou muito para ser implantada devido à estreita ligação entre o nome e a hegemonia exercida pela cidade de Buenos Aires sobre o interior, sempre reticente e desafiadora.
Em meados do século XIX quando eclodiu com forte violência o confronto civil entre unitaristas e federais diversos nomes foram usados: Confederação Argentina, Províncias Unidas, entre outros.
A partir de 1860 e de acordo com o estabelecido pelo artigo número 35 da Constituição Nacional, poderiam ser utilizados a gosto os devidos nomes: República Argentina, Confederação Argentina ou Províncias Unidas do Rio da Prata, sendo o primeiro o mais usado.
A joia de prata do Cone Sul
Localizada no extremo da América do Sul, a nação Argentina está organizada como um estado federal, composta por 24 províncias autogovernadas e um estado nacional, sendo que uma de suas características mais marcantes é a variedade que possui em matéria geográfica e climática.
Nela é possível encontrar os quatro climas e um forte desenvolvimento científico, cultural e intelectual, este que é orgulho nacional e se igualou em muitos desses aspectos às grandes potências europeias durante o século XX.
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Benjamin Veschi. Ano: 2020. Em: https://etimologia.com.br/argentina/
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: Porcupen