Origina-se no latim como bonĭtas, sobre os elementos bonus, em alusão a algo bom, associado ao indo-europeu *deu-(2), acompanhado do sufixo -tat, indicando qualidade. É interessante destacar uma relação no grego, no que diz respeito ao adjetivo agathos, manifestado entorno na maneira de proceder a partir de uma perspectiva moral, como uma ideia abstrata, expressando em todos os casos a inclinação para o bem.
Para os cristãos é uma virtude essencial
Em Gálatas 5:22, menciona-se a ideia de bondade de maneira explícita. Trata-se de uma qualidade depositada por Deus na alma humana. A partir da perspectiva cristã, o fato de ser uma boa pessoa é uma inclinação que provém da infinita bondade de Deus. Em outras palavras, Deus possui os atributos perfeitos e entre eles se encontra a bondade, por outro lado, quando nos aproximarmos de Deus somos guiados por um espírito bondoso.
O problema do mal
No cristianismo, aborda-se a questão do mal, uma vez que a existência de um Deus bondoso dificulta a compreensão da presença do mal no mundo. Esta aparente contradição tem uma explicação: Deus não nos obriga a realizar o bem, mas nos dá liberdade para optar por ações boas ou más.
Para os teólogos cristãos, o mal é na realidade a ausência do bem e, consequentemente, o mal não existe como tal, pois se trata da falta do Bem proposto pelo Criador.
Em compensação, do ponto de vista do ateísmo, a existência do mal no mundo é a prova que demonstra a inexistência de Deus (alguns ateus consideram que a bondade infinita de Deus é incompatível com o mal). Além destas duas avaliações antagônicas, o binômio bondade-maldade constitui um problema clássico na história da filosofia.
Na mentalidade da Grécia Antiga
Nas diversas formas artísticas, os gregos buscavam o ideal da perfeição. Algo alcançava a perfeição se era bom e ao mesmo tempo belo (kalos kai agathos quer dizer “o bom e o belo” e com esta ideia expressa o desejo de alcançar a excelência).
Para o filósofo Platão, consideramos que algumas ações são bondosas quando tem relação com uma ideia suprema, a ideia do bem. Assim, só agiremos de maneira boa si conhecermos o bem.
Para Aristóteles, o bom comportamento tem um sentido teleológico, ou seja, uma finalidade. Assim, um bom pai é alguém que cuida de seu filho; uma boa caneta é aquela que cumpre perfeitamente a intenção de escrever e uma boa árvore é aquela que dá os melhores frutos.
Por outro lado, para Aristóteles, podemos saber o que é a bondade observando as ações do ser humano (aqueles que perseguem a felicidade como objetivo são bons, já os que se afastam da felicidade ou da plenitude de algo são maus).
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Benjamin Veschi. Ano: 2019. Em: https://etimologia.com.br/bondade/
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