Está registrado no latim como scala, sobre o grego skála, referindo-se a partir de seu significado histórico, a uma escada, e principalmente a um porto onde os navios param. Por outro lado, o termo Valores é observado a partir do singular, localizando-se no latim como valor, em alusão a um ato de valentia ou a algo que tem relevância. Ao unir os dois elementos, formamos uma nova ideia: um conjunto de virtudes ou qualidades que servem como guia moral para conduzir a conduta humana.

A escada como metáfora para explicar os valores

Com a escada podemos chegar a um local de pouco acesso com certa facilidade, mas sem ela seria impossível.

Algo muito semelhante acontece com alguns valores morais, como a generosidade, a empatia, a honra, o respeito, amor e a amizade. Pode-se dizer que cada um atua como um degrau de escada, pois servem com elemento de apoio para comportarmos de maneira correta e com um senso ético.

A dimensão pessoal e coletiva

Dentro da família, da escola e da sociedade vamos assimilando ideias com uma dimensão moral. Aprendemos a valorizar certas ideias abstratas e lhes damos certo valor, como a sinceridade, a solidariedade ou a tolerância.

De maneira gradual, vamos estabelecendo prioridades morais e algumas pessoas dão mais importância a certos valores do que outros. Em outras palavras, criamos uma escala de valores que se adapta à aprendizagem vital do indivíduo.

O indivíduo não inventa valores, mas estes fazem parte de uma cultura, de um contexto social e de certas coordenadas históricas. Em cada período da humanidade há diversas escalas de valores humanos.

Em toda comunidade são formados códigos morais que compõem uma escala de valores

Durante a Idade Média, consolidou-se um código moral baseado em algumas premissas profundamente cristãs: a obediência a Deus e aos preceitos religiosos, a caridade e o elevado senso de honra (em relação às mulheres, as mesmas tinham que ser puras, submissas e obedientes ao homem).

Na cultura japonesa, os valores morais são inspirados nas doutrinas de três religiões: budismo, xintoísmo e confucionismo. Como regra geral, os japoneses dão prioridade a certas atitudes: respeito ao próximo, honra pessoal e familiar, lealdade, modéstia e senso de responsabilidade.

Apesar de dedicar-se a atividades fora da lei, a tradição da máfia italiana tem seu próprio código moral. São pessoas que valorizam a lealdade, respeitam as crenças católicas, têm um alto senso de honra e respeitam a hierarquia.