Sua origem responde ao latim como mathematĭca, com referência no grego como mathēmatiká, postulando conhecimento, associado ao termo máthēma, em alusão a um saber compreendido, com raiz no indo-europeu *mendh-, contemplado como aprender. Neste contexto, para os gregos da antiguidade, o matemático era a pessoa que ama estar envolvido em um processo de aprendizagem para adquirir novos conhecimentos.
Esta etimologia apresenta uma semelhança notável com outra: a filosofia (visto no latim philosophĭa, sobre o grego philosophía, postulando o amor pela sabedoria). Esta coincidência não é uma simples casualidade, já que o primeiro matemático e o primeiro filósofo eram a mesma pessoa: Pitágoras de Samos.
Vale destacar como dado relevante que este termo pode ser utilizado tanto no singular como no plural. Nas duas formas é considerada correta e expressam a mesma finalidade, sendo uma ciência que pode ser dividida em várias disciplinas que se conectam entre si.
Quando a espécie humana desenvolveu a capacidade de raciocínio, surgiu a necessidade de contar
Inicialmente, começamos a contar elementos concretos e com o passar do tempo inventamos os números como figuras abstratas. Os primeiros sistemas de numeração foram introduzidos pelos sumérios e pelos egípcios. Estas duas civilizações da antiguidade deram os primeiros passos na aritmética, um dos ramos da matemática.
Por outro lado, a geometria surgiu de outra necessidade: da medição de terras cultivadas. Pode-se dizer que os agrimensores do Egito Antigo foram os primeiros geômetras da humanidade. Entretanto, num sentido estrito, a geometria como disciplina científica teve início com “Os Elementos” de Euclides no século III a. C.
Os axiomas da aritmética e da geometria tinham uma finalidade prática: contar coisas, calcular áreas e medir distâncias. Estas ferramentas do conhecimento foram projetadas em todos os tipos de áreas e atividades humanas.
Em sua dimensão teórica e especulativa a matemática foi desenvolvida pela escola pitagórica
No século VII a. C Pitágoras introduziu uma ideia revolucionária: tudo o que está ao nosso está escrito em linguagem numérica e geométrica. É bem provável que seu ilustre teorema e a estreita relação entre a música e os números não foram criações do filósofo grego, já que na realidade Pitágoras viajou para o Egito e lá aprendeu os princípios da matemática.
Para os pitagóricos o raciocínio abstrato era superior aos sentidos. Esta visão do entendimento humano teve uma notável influência em Platão (no frontispício da Academia Platônica havia uma inscrição indicando que ninguém entraria nela que não conhecesse a geometria).
A intuição de Pitágoras há 2.500 anos foi plenamente confirmada
Atualmente a matemática está em todas as partes. Precisamos deste conhecimento para seguir na vida cotidiana, para compreender o universo ou mesmo para programar sistemas informáticos. As curiosas formas repetitivas da geometria (os fractais) constituem um dos desafios intelectuais do século XXI. Em poucas palavras, a natureza nos fala em uma linguagem matemática.
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Benjamin Veschi. Ano: 2019. Em: https://etimologia.com.br/matematica/
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