Também chamada como bestialidade, é uma questao exposta pelo psiquiatra alemão Richard von Krafft-Ebing (1840-1902) em sua obra Psychopathia Sexualis, publicada em 1886. É construído a partir do grego zōo-, que se refere a um animal, associado a zôion, apontando um ser vivo, com raiz no indo-europeu *gwei-, por viver; e o sufixo -filia sobre a palavra filia, observado no grega philía, manifestando o amor por uma coisa.

O núcleo linguístico fornecido pelo indo-europeu *gwei- determina a sua influência em biografia (no grego biographía, destacando a passagem de bios, entendido como vida); o componente zôion é usado em zoológico (conjugado com logos, para incorporar caráter de estudo, e o sufixo -ico, como diretriz de relação); por outro lado, filia intervém na construção de filosofia (no grego philosophía, apresentando o amor pelo conhecimento).

É o sentimento e o prazer no nível sexual em relação aos expoentes do reino animal, um aspecto que sempre esteve presente na história em sintonia com a curiosidade e o morbo. A mitologia é um espaço enriquecido por conexões entre divindades, homens e animais, ilustrado por inúmeras criaturas que unificam partes de diferentes espécies, ou descrito, por exemplo, nas linhas que contam a paixão de Zeus pela Princesa Leda, se transformando em cisne e seduzindo-a (ou abusando dela de acordo com outras versões). O ser humano é, por definição, um animal, diferenciado por sua capacidade de pensar e raciocinar.

É essencial diferenciar a afeição pelo animail de estimação, que se torna membro da família, com o é exibido neste contexto, acompanhado por um componente sexual.